Esta história já não tem nada a ver com as outras. Esta é mais moderna.
FÉRIAS SEM ROUPA
Vou-vos contar uma história que me aconteceu há uns anos, ainda os meus filhos eram pequenos,(hoje são casados e com filhos).
O meu marido era militar da Guarda-Fiscal. Os Serviços Sociais da guarda tinham casas de veraneio espalhadas pelo País que, perante uma inscrição feita a seu tempo, nos podia calhar uma em qualquer parte onde tivéssemos pedido,nos meses que vão de Junho a Setembro.
Naquele ano, calhou-nos uma casa durante 15 dias de Agosto, na povoação de Paredes de Vitória,perto de S. Pedro de Muel.
Eu sou modista e tinha em mão uns trabalhos para acabar até Setembro. Não querendo estragar as férias de familia, peguei na máquina de costura portátil,e dispus-me a tirar algumas horas ao lazer daqueles dias.
Lá fomos todos felizes,os quatro, montes de bagagem, que todos se prontificaram a levar para o carro.
Eu só me preocupei em verificar se ia a minha máquina de costura.
Uma vez lá chegados,limpei as gavetas da cómoda, forrei com papel e disse prô meu marido:
Onde puseste a mala da roupa?
Qual mala?só há essa bagagem, eu trouxe estes dois sacos.
Fiquei em pânico, meu Deus, não pode ser, não trouxemos a mala onde tinhamos a roupa de vestir.
Num dos sacos havia fatos de banho, toalhas e chinelos.No outro, a almofada com que durmo e não me separo, um fato de treino do meu filho, um casaco de algodão da miuda e outro do meu marido, com que íamos prevenidos para as noites frias.
E agora? Bem não vamos estragar as férias.
O dinheiro era pouco, mas à entrada da povoação eu tinha visto uma pequena feira. Pelo menos mais um par de cuecas para cada um e uma camisola, precisávamos.
No dia a seguir fomos passear a Pataias, uma pequena povoação, onde encontrei uma loja com tecido a metro.
Comprei tecido e fiz um vestido fresquinho para mim e outro para a minha filha( abençoada máquina de costura que me tinha acompanhado).
Eles andavam de calções e tronco nu. Foram umas férias maravilhosas.
A partir daí, podem crer, que sempre que viajo, levo o mínimo de roupa. Compreendi que levamos sempre mais doa que precisamos. "Mas nem sempre levo a máquina de costura".
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